Desde criança meus pais me incentivaram a pensar no próximo. Por isso, era frequente que eu mesma separasse entre minhas roupas e brinquedos coisas para doar. Como eles participavam de obras sociais, também gostava de ajudar a preparar as refeições que eram distribuídas na cidade para pessoas em vulnerabilidade social. Naquele tempo só tinha uma coisa que eu não tinha como doar: dinheiro! Mas a sementinha da doação, ou melhor, do “se doar”, já estava plantada, e eu sabia que sempre teria esse desejo de melhorar como pudesse a vida de alguém. Foi assim que, aos 14 anos, surgiu minha oportunidade: minha professora de música me convidou para ajudar com as atividades da escola, e no final do mês me deu algo que eu não esperava: um cheque! Na mesma hora lembrei de um grupo de ajuda do qual eu fazia parte desde muito pequena. Eles tinham tantas necessidades… Pedi uma carona para a mãe de uma amiga até a sede da organização e entreguei o cheque na mão da responsável, que ficou muito emocionada. Senti uma felicidade tão grande! É que eu já tinha entendido o tanto que aquele pouco dinheiro poderia fazer de diferença na vida de uma pessoa, e poder finalmente ser ajuda me transformou. Cresci com a certeza de que queria fazer parte de um mundo no qual cada vez mais gente sentisse essa necessidade de ajudar como pudesse, e com isso transformar também a vida de outras pessoas. Quanto mais gente contribuísse, tanto mais o mundo se transformaria num lugar melhor para todos – os que socorrem e os que são socorridos. É minha missão, a qual abraço com alegria. E tenho muita esperança de que a concretização desse mundo seja apenas uma questão de tempo. #diadedoar