Um chamado nasce quando algo o deixa inconformado! Foi assim que começou a minha história com o voluntariado.
Percebi que a desigualdade, a fome, as frustrações emocionais, falta de acesso ao básico, tudo isso gerava algo dentro de mim que até um determinado momento eu não sabia explicar e nem como lidar. Foi na minha primeira ação voluntária, com moradores de comunidades carentes, que percebi que eu tinha sim a oportunidade de fazer algo por essas pessoas, fazer a diferença na vida de pelo menos uma pessoa. Com todos os privilégios que tenho ao meu redor, eu tive e tenho a chance de fazer a minha parte, para combater da forma que está ao meu alcance, tamanha desigualdade e crueldade na qual tantas pessoas estão inseridas. Quando encontramos essa insatisfação, não conseguimos mais ignorar a dor do outro, pois se torna, de alguma forma, também a nossa dor.
Esse encontro com o voluntariado despertou em mim essa vontade de ajudar mais, de fazer o que estava ao meu alcance. Cuidado ao meio ambiente, entrega de alimentos as pessoas em situação de rua, atenção a famílias carentes, crianças em orfanatos, teatros, danças, palestras, doação de cabelo para instituições voltadas ao tratamento do câncer em mulheres, doação de sangue, arrecadações de alimentos e roupas etc. Tudo isso me trouxe experiências inexplicáveis, hoje eu entendo que não estou lidando apenas com “mais um” indivíduo em situação delicada, mas estou lidando com vidas, que necessitam de afeto, de amor, interação e cuidado. Cada uma dessas pessoas possui uma história única, insubstituível! Não podem ser representadas ou definidas apenas por suas necessidades, mas sim por quem realmente são, como seres humanos.
Hoje, estudando Psicologia, percebo cada vez mais a necessidade desse contato, existem pessoas clamando por ajuda, e enquanto estiver aqui, a minha escolha é fazer a diferença trazendo mais humanidade para essa sociedade carente de afeto e tantas outras coisas mais