Eu poderia contar algumas histórias de doação mais particulares, inclusive a de me entregar atualmente para uma causa e instituição que acredito com todas as minhas forças. Mas a minha grande história de doação, não é só minha. E é por isso que é a minha preferida. E como toda boa história, ela tem um antes, um durante e um depois:
O nosso antes era a comemoração dos meus 30 anos de idade. Muito simbólico e mais ainda se levarmos em conta que eu havia pedido demissão de um emprego estável em um banco de investimentos internacional e caminhava cada vez mais para atuar com pessoas. Gente de verdade. Gente que você conhece e te tira do lugar.
O meu presente, era a doação de R$ 80,00 reais. Um dia antes da comemoração, todos os convidados foram avisados que deveriam se encontrar às 08h30 do sábado, 21 de Janeiro de 2017, na porta de salão do meu prédio. A verdade é que, com a doação de cada um deles, foi possível juntar diferentes grupos de amigos, pessoas que não se conheciam, colocá-las em 2 ônibus e levá-las para a ONG SOS Brasil Melhor em Carapicuíba (http://www.sosbrasilmelhor.org.br/). O objetivo do dia: reformar a creche que abrigava 180 crianças fora do período de férias em um espaço sem estrutura física. O dinheiro da doação também serviu para a compra de todo o material necessário e alimentação para os voluntários.
Das 09h30 às 16h00, essas mais de 60 pessoas (inclusive àquelas que não puderem estar presentes no dia), transformaram um espaço, um sonho, e se permitiram participar de um universo onde tudo é recíproco e transborda.
O nosso antes, foi uma rede de mais de 60 amigos que deram o “meu” presente no valor de R$80 em transferência bancária com o objetivo de fazer o bem, a si, ao grupo e a uma instituição que eu, em conjunto com o Atados, havíamos escolhido para ajudar. O nosso depois foi gerar impacto não apenas nos presentes, mas em outros curiosos que queriam começar a participar também!
Na época, eu falava que teria minha própria iniciativa para usar a minha experiência profissional de comunicação, relacionamento e eventos e incorporar naquilo que mais gosto: Juntar gente.
No fim, fui eu que me juntei a Base Colaborativa – onde atuo hoje – que me ensinou que, mais do que nos juntarmos, precisamos sair por ai juntos e espalhar e contaminar sempre mais pessoas com o bem que a gente tem.